quarta-feira, 29 de março de 2023

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

ARTIGO: A INTEGRAÇÃO DO “SER” NA NATUREZA: VÍDEO PERFORMANCE COMO SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL (Trabalho de Conclusão da Especialização)



A INTEGRAÇÃO DO “SER” NA NATUREZA: VIDEO PERFORMANCE  COMO SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL1,2

¹Diogo Sanqueta de Oliveira, Bacharel em Artes Cênicas, Discente do Curso de Especialização de Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educativos Sustentáveis EaD-UFT, diogosqt@gmail.com; ²Drª Vanessa Coelho Almeida, Orientadora, Docente do curso de Engenharia Florestal UFT, vanessacoelhoalmeida@mail.uft.edu.br.
Resumo: Ao reconhecer o atual distanciamento entre o homem e a natureza, realidade que promove, tragicamente, grandes destruições ambientais desde tempos passados até os dias atuais, surge o desejo de buscar o resgate e reencontro do ser humano com sua origem: a natureza – utilizando a arte como veículo para esta ação. O objetivo deste trabalho foi sensibilizar o homem através de um vídeo performance que sugere reflexões sobre suas atuais relações com a natureza. Por meio de uma proposta de educação ambiental não formal foi gravado o vídeo performance intitulado “SER” em diversas paisagens naturais, desde erosões causadas pelo homem, até paisagens pouco tocadas por este. Para avaliação da sensibilização provocada pelo vídeo performance foram aplicados dois questionários, previamente e posteriormente a apresentação do vídeo performance. Também foram coletadas algumas impressões pessoais sobre o vídeo. As imagens de integração do homem com a natureza foram apreciadas e suscitou reflexões sobre a atual relação com a mesma. Pode-se confirmar que a arte possui uma grande força de sensibilização, fazendo o público assumir, após a apreciação do vídeo, uma busca por maior aproximação, relação e cuidado com a natureza.
Palavras-Chave: Vídeo performance; Sensibilização; Natureza.


1. Introdução

A proposta da educação ambiental é nos provocar a praticar ações e nos permitir ampliar nossas relações e ações ambientais, sociais, econômicas, políticas, culturais e históricas. Mas estas ações e relações existem apenas se nos reconhecermos com pertencentes ao meio ou como o próprio meio.
Uma das múltiplas facetas das relações apresentadas de forma diversa e complementar para apreender a educação ambiental apresentada por Sauvé (2005), considerando “inicialmente o meio ambiente – natureza (para contemplar, respeitar e preservar)”, é de que:
Na origem dos atuais problemas socioambientais existe essa lacuna fundamental entre o ser humano e a natureza, que é importante eliminar. É preciso reconstruir nosso sentimento de pertencer à natureza, a esse fluxo de vida de que participamos. (SAUVÉ, 2005, p. 317).
Reconhecendo os problemas socioambientais que vivenciamos e a distância hoje assumida entre o homem e a natureza, surge o desejo de promover esta aproximação e reencontro, eliminando a lacuna existente. Dentro deste contexto, a arte pode assumir o papel de veículo de sensibilização sobre os conflitos ambientais, pois traz intrinsecamente uma grande força crítica que sensibiliza e transforma o ser humano e, consequentemente, a sociedade em que vive e se relaciona.
A arte pode provocar a sociedade a interromper seu tempo para receber informações e reflexões sobre a relação – atualmente fragilizada –  que tem com a natureza. Efetivamente, a existência da sociedade depende do seu reconhecimento como membro integrante deste meio. Não obstante, ainda é preciso promover a sensibilização e a conscientização do homem sobre a importância do cuidado, preservação e reconstituição da natureza.
Para fomentar esta sensibilização conjunta com a conscientização, pode-se utilizar a linguagem artística da performance, uma arte ligada diretamente com as artes cênicas. O vídeo-performance – uma proposta artística que dialoga a tecnologia do vídeo/mídia para viabilizar o maior acesso do público/sociedade –, e a arte da performance – que possui como proposta a relação direta do ser humano com a vida, em um tempo-espaço – pode promover reflexões através da apresentação de imagens e sons do homem moderno e de seu distanciamento daquilo que o antecede e o mantem vivo: a natureza e tudo que dela provém.
Atualmente vivemos em uma sociedade que nos provoca a viver em um ritmo acelerado, nos fazendo deixar de lado a experiência; experiência esta que segundo Jorge Larrosa (2002) requer tempo; tempo para pensar, sentir, absorver tudo que passa ao nosso redor.
Essa falta de experiência em nossas vidas nos traz como consequência um grande descaso com tudo que está a nossa volta, no cuidado que deveríamos assumir com a natureza e com o próximo. A ganância pelo “ter” assumiu maior espaço nas prioridades do homem, o afastando do “ser”. Ele tem tido valores e atitudes cada vez mais desumanas, que alimentam o descuido, desrespeito e desamor por tudo e todos que estão a sua volta.
Notoriamente por fazer parte da natureza, o descaso por tudo o que está a nossa volta também nos afeta. De acordo com Emoto (2007), “em essência somos água”. Nosso corpo é constituído por 70% dessa substância e, assim como a água, somos afetados segundo Masaru Emoto pelas informações que recebemos através de imagens e sons. Embora conscientemente ou inconscientemente tentemos negar, temos consciência de nosso corpo através do mundo e consciência do mundo devido ao nosso corpo (PONTY, 1971).
Considerando o exposto, o objetivo deste trabalho foi a sensibilização do homem através de um vídeo performance que sugere reflexões sobre suas atuais relações com a natureza.  Acredita-se que uma proposta de educação ambiental através de um vídeo performance com imagens da natureza e de reintegração do homem com a mesma, produzido em paisagens naturais – algumas degradadas e outras pouco tocadas pelo homem – pode proporcionar uma experiência positiva que sensibilize e desperte nos espectadores questionamentos sobre sua origem, valores, identidade e atuais relações interpessoais, sociais e socioambientais.


2. Metodologia


2.1. Atividades antecedentes as gravações
           
Preliminarmente, foram escolhidos espaços naturais degradados e não degradados pelo homem para a gravação do vídeo performance.  Os degradados para simbolizar a interferência negativa do ser humano na natureza e os não degradados para exemplificar a harmonia provocada pela integração homem-natureza.
Posteriormente, buscaram-se figurinos e objetos que dessem sentido e integrasse cada paisagem, e que traçassem uma trajetória do homem moderno até o resgate da sua integração com a natureza. Após a definição de locais e figurinos, experimentações corporais foram realizadas. Micro e macro tensões foram buscadas de acordo com os estímulos peculiares de cada lugar, considerando suas cores, cheiros, sons e fluxos da natureza.


2.2. Registro e edição das imagens

Após a escolha dos lugares para a obtenção das imagens e investigação de figurinos e movimentos a serem realizados, o operador da câmera buscou imagens/olhares que melhor suscitasse no espectador estas relações simbióticas entre homem e natureza, buscando tecnicamente o maior número de planos e ângulos para realização da edição. A interação entre as diversas formas, cores, sons, poéticas e estéticas foram aproveitadas de modo que apresentassem o homem como a própria natureza.
As imagens que trouxeram maiores possibilidades de provocar o olhar e a sensibilidade do espectador foram conservadas na edição.


2.3. Apreciação e avaliação do vídeo performance

O vídeo performance, intitulado “SER” foi apreciado por quarenta e quatro pessoas entre professores, servidores e estudantes universitários do curso de Licenciatura em Artes Cênicas ofertado na cidade de Gurupi, estado de Tocantins.
Para a avaliação qualitativa deste trabalho, dentre os presentes, vinte e três estudantes foram convidados a responder dois questionários (Anexo I e II), aplicados antes e após a apreciação do vídeo. Através das questões objetivas, os alunos convidados puderam apresentar suas relações, ações e pensamentos sobre a natureza.
Os participantes também foram convidados a relatar suas principais impressões e sentimentos, durante a apreciação do vídeo. O objetivo da coleta desses relatos foi identificar se o vídeo performance pode proporcionar percepções sobre o distanciamento entre os indivíduos e a natureza e uma possível reintegração com a mesma.

3. Resultados e discussões

3.1. Atividades antecedentes as gravações

Os espaços naturais escolhidos para a realização deste projeto localizam-se na cidade de Araguari, Minas Gerais e foram os seguintes: uma cascalheira (Figura 1), onde o homem aprecia a natureza através de um celular; terras com erosões (Figura 2), sendo possível denunciar o descuido do homem com a natureza, e apresentar a terra como início da trajetória do homem moderno buscando a integração em meio ao seu descuido; um tronco caído (Figura 3), cenário natural menos tocado pelo homem, iniciando aí o processo de integração do homem com a natureza; uma grande árvore com raízes expostas (Figura 4), trazendo o homem e sua raiz natural; e para finalizar a trajetória, uma cachoeira (Figura 5), unindo a água em seu percurso natural e a água homem, sendo perceptível a total integração do ser humano como natureza.

 Figura 1. Cascalheira onde o homem aprecia a natureza pela tela de um celular.

Figura 2. Terra com erosões causadas pelas mãos do homem e a busca por uma integração.

Figura 3. Tronco caído, a início do processo de integração.

Figura 4. Grande árvore com raízes expostas. O homem e sua raiz: a natureza.

                                     
Figura 5. Cachoeira, união da água em seu percurso natural e a água homem.

O figurino surgiu a partir da percepção de cada lugar. Objetivou-se apresentar uma dramaturgia em que o homem moderno traja suas atuais vestimentas buscando sua reintegração com a natureza. A cada instante de maior intimidade e integração com o meio, o homem vai gradativamente se despindo.
De acordo com Emoto (2005), os movimentos foram construídos a partir da “afetação” de cada lugar e também do figurino. Foi perceptível, que quanto mais roupa e quanto maior a degradação do ambiente, mais mecânicos e repetitivos eram os movimentos, apresentando certa alienação.
Quanto mais se integrava à natureza pouco tocada pelo homem e despia-se do figurino, mais leves eram os movimentos, tornando o corpo num corpo instintivo, quase animal, permitindo tensões que propunham uma extensão de cada lugar, assumindo uma integração.
Na busca inicial por espaços naturais, chegou-se a uma cachoeira que faria parte das gravações. Era uma cachoeira já conhecida e que sempre apresentou uma bela, limpa e pura paisagem; era um lugar de difícil acesso, onde abrigava uma paisagem natural quase sem interferência do homem. Desta vez, tristemente o cenário testemunhado foi outro, de uma cachoeira totalmente poluída, servindo como despejo de esgoto. Ela era a quinta queda d’agua de um circuito de seis cachoeiras. Portanto, questiona-se: Quantas outras cachoeiras, rios, nascentes são poluídas num curto intervalo de tempo? Que atitudes assumimos perante esta realidade?
           
3.2. Registro e edição das imagens

Os registros das imagens foram feitos através de uma câmera de celular e de uma máquina de fotografar, que dispõe da opção filmagem. Tudo de forma simples, amadora, porém a qualidade das imagens captadas foi excelente. Tivemos que improvisar, em cada lugar, suportes para fixar tanto o celular quanto a máquina de fotografar, para que evitasse tremidas quando não fosse a proposta.
Foi possível, em cada lugar, captar planos e ângulos diferentes, buscando sempre novos olhares sobre o que era apresentado. Alguns desafios tiveram que ser superados, como o sol contra as câmeras, devido ao horário de algumas gravações, ventos fortes que desestabilizaram os suportes da câmera e picadas de insetos praticamente durante todas as gravações, porém como a proposta é de integração, tudo foi apropriado de forma positiva para a execução do trabalho.
As edições iniciaram com imagens pesquisadas na internet que foram utilizadas para apresentar a criação do universo, do nosso planeta e sua evolução até a modernidade, passando por três desastres ambientais do mundo: bombas de Hiroshima e Nagasáki, derramamento de Petróleo no Golfo do México e a destruição da nossa Amazônia, mostrando no que o homem se transforma com o passar da “evolução”.
Posteriormente foram editadas imagens que apresentavam a busca pela integração do homem com a natureza. O homem observava a natureza através de um celular, até perceber que olhá-la com os próprios olhos – fora das “telas” –, e senti-la com a própria experiência, traz uma maior satisfação, proporcionada pela ampliação da sua relação com a natureza.
O resultado final do vídeo editado se construiu com imagens que apresentaram maior integração entre o homem e a natureza – o corpo na água – afirmando esta como o principal constituinte do ser humano e sua total influência sobre a existência do mesmo

3.3. Apreciação e avaliação do vídeo performance
Após a apresentação do vídeo, foi perceptível a sensibilização provocada no público pelas imagens testemunhadas. O questionário I, aplicado antes do vídeo, o questionário II e os relatos recolhidos após o vídeo, utilizados na avaliação qualitativa deste trabalho, descrevem as positivas impressões deixadas. Os resultados obtidos nos questionários e relatos são apresentados nas figuras abaixo.
Na Figura 6 estão apresentados os resultados obtidos a respeito do reconhecimento do espectador do vídeo performance “SER” como natureza.



 Figura 6. Reconhecimento do espectador do vídeo performance “SER” como natureza

 Observa-se que 90% dos espectadores já se reconheciam como natureza antes da apresentação do vídeo performance “SER” e essa percepção não foi modificada pelo vídeo.
Através da Figura 7 observa-se que houve mudança de comportamento de 4% dos espectadores em relação à busca por relações diretas com a natureza.

Figura 7. Busca por relações diretas com a natureza

Atualmente com tamanha correria do dia a dia, após perceber o quanto o homem se afasta da natureza, 91% dos espectadores responderam que esperam programar um tempo para ir ao encontro de espaços naturais, como rios, cachoeiras, lagos, matas, dentre outros. Antes da apresentação do vídeo, 17% dos espectadores responderam que reservavam tempo para esta relação homem-natureza, 13% responderam que não e 70% responderam que às vezes (Figura 8).

Figura 8. Ida dos espectadores ao encontro de espaços naturais.

Todos os espectadores antes de apreciarem o vídeo, já tinham ciência da destruição do meio ambiente e da falta de reconstrução do mesmo. Após a apreciação do vídeo 96% dos espectadores responderam que o vídeo contribuiu para esta percepção.
Antes da apreciação do vídeo, 96% dos espectadores já tinha consciência de que os homens serão extintos com a extinção da natureza. Após o vídeo performance, 96% dos espectadores também afirmaram que podem contribuir ainda mais na preservação e cuidado da natureza.
Como pode ser observado nos relatos abaixo, que retratam as principais impressões e sentimentos dos espectadores durante a apreciação do vídeo, o mesmo pode proporcionar percepções sobre o distanciamento entre os indivíduos e a natureza e uma possível reintegração com a mesma.
Relato 1: “[...] Tive uma sensação de tristeza ao pensar que eu perdi minhas conexões com a natureza, ainda mais hoje onde o chão é sempre piso, asfalto ou cerâmica, onde é difícil encontrar um pedacinho de natureza, assim percebi o meu distanciamento com a natureza. ” (WBB)
Relato 2: “O vídeo performance “SER”, me causou bastante arrepios, pois percebi que atualmente estou bastante distante da natureza, e passarei a me aproximar mais dela. [...]” (BMC)
Relato 3: “Após assistir o vídeo, pude perceber o quanto estou sem contato com a natureza, e a falta que isso faz na minha vida. ” (MPS)
Relato 4: “Nós somos o todo que se distancia de nós. A Terra nossa mãe, que nos floresce e oferece o alimento, o sustento, o aquecimento de todo nosso corpo. [...] O contexto do mundo precisa de uma intervenção e depende apenas de nós, as ações para começar a valer a pena. Ainda há tempo!” (JFM)
Relato 5: “[...] o vídeo performance “SER” me faz lembrar que a natureza está em toda parte, mas nem sempre percebemos ou paramos um pouco para apreciá-la... [...]” (GAF)
Relato 6: “Me senti como parte da natureza, e pude fazer uma reflexão sobre a destruição da mesma, se ela morrer, nós morremos, mas ela brotará novamente. “ (SCS)
Relato 7: “Após assistir o vídeo, pude perceber o quanto a humanidade está distante da natureza, nas ruas não se vê mais pássaros, árvores, só se tem asfalto e casas, um calor insuportável. Mas a partir do vídeo percebi o quão importante essa aproximação é para nós, pois este contato traz a paz, acalma a alma e nos faz refletir. ” (SCS)
Relato 8: “Eu senti a natureza no meu corpo, e senti uma paz. ” (ESM)
Relato 9: “O quanto somos simples, que somos produto da mesma matéria. ” (HBCA)
Relato 10: “A principal impressão que a apreciação do vídeo performance me trouxe, é a de que não podemos esperar por um momento oportuno, pois essa aproximação tem que acontecer agora. P.s.: Isso pode nos levar a gastar menos com rivotril (medicamento indicado para tratamento de: transtornos de ansiedade, transtornos do humor, dentro outras indicações). ” (ISCF)
Relato 11: “Após ver e apreciar o vídeo tive a impressão do contato do homem com a natureza e sentimento de paz de espírito. [...]” (BPOS)
Relato 12: “Notei total relação desde o princípio, pois apesar de algumas vezes estar em ambientes, eu de fato só estou, não sou. E com o vídeo, pude perceber o quão antes de tudo somos seres naturais, e mesmo sendo o quanto a maltratamos. Este vídeo me instiga a cuidar e não só apreciar a natureza. É algo nosso afinal, é uma dependência nossa. ” (BDFP)
Relato 13: “Senti que o ser humano faz parte real da natureza, [...] incentiva a mim e aos outros a preservação e cuidado com a mesma. O vídeo performance transformou meu pensamento no como o corpo, a natureza são coisas impressionantes, dançando mostram o sentir, o respirar da tranquilidade. ” (ACPS)


5. Conclusões

Após o desenvolvimento deste trabalho pode-se concluir que para haver cuidado com a natureza é necessário se aproximar dela, para que haja uma identificação e consequentemente uma relação positiva.
A arte é um veículo de rápida sensibilização e provocação do ser humano, para questioná-lo sobre sua existência e relações. Faz-nos refletir e relacionar o que apreciamos com nossa vida, possibilitando sermos pessoas mais conscientes da realidade em que vivemos, consequentemente nos propondo opções de mudanças.
A apreciação do vídeo performance “SER”, que relaciona a integração e resgate do ser na natureza, proporcionou aos espectadores uma aproximação e experiência positiva que os sensibilizou e despertou questionamentos sobre sua origem, valores, identidade e atuais relações interpessoais, sociais e socioambientais.
Cada relato conseguiu apresentar a falta que a natureza faz para que possamos assumir uma vida de maior equilíbrio, paz e bem estar, sentimentos atualmente bem distantes da nossa realidade, “onde o chão é sempre piso, asfalto ou cerâmica”, como afirmou WBB em seu relato.


 6. Referências Consultadas

BONDÌA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, nº19. Campinas: Autores Associados, 2002.
COHEN, Renato. Performance como Linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2013.
EMOTO, Masaru. O verdadeiro Poder da Água. São Paulo: São Paulo: Cultrix, 2007.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1971.
SAUVÉ, Lucie. Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 317-322, maio/ago. 2005. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n2/a12v31n2.pdf. Acesso em 21/08/2016